sábado, 10 de setembro de 2011

Uma homenagem dos jordanenses às vítimas do atentado terrorista de 11 de setembro de 2001

No dia 11 de setembro de 2001, por volta das 9h da manhã de uma terça-feira, eu estava na Escola Municipal Dr. Antônio Nicola Padula, no bairro de Capivari. Estudava na 7ª série do Ensino Fundamental, tinha 13 anos. Me recordo de ter ouvido na escola que algo muito grave havia acontecido nos Estados Unidos, porém não me atentei tanto ao assunto, afinal estava acontecendo à centenas de quilômetros dali.
Word Trade Center
durante o ataque terrorista
Cheguei a ver alguns funcionários comentando pelos corredores e a televisão da sala dos professores recebia os olhares atentos daqueles que aguardavam o seu horário. Quando cheguei em casa, o almoço estava pronto, mas ninguém estava à mesa para almoçar, todos impressionados com as cenas que se repetiam em todos os canais.
A todo instante um replay em que dois aviões atingiam as famosas Torres Gêmeas do World Trade Center.
Os noticiários enfatizavam o tal "ataque terrorista", mas pra um jovem adolescente, o que seria um ataque terrorista? Por que é que uma pessoa se sujeitaria a entrar num avião tendo a certeza de que ele cairia? Eu realmente não entendia as questões políticas por trás do fato que imobilizou o mundo por alguns instantes.
Aos poucos, os jornais foram explicando mais detalhadamente o por quê de tanto ódio. Um ódio político e religioso.
Presidente Georg W. Bush
Na escola, no dia seguinte, não se falava em outra coisa. Os professores levaram jornais e revistas sobre o assunto e iniciou-se uma discussão que me ajudou a entender melhor a "Guerra contra o Terror", que teria início posteriormente, de ordem do Sr. Presidente George W. Bush, em busca do mandante confesso da ação terrorista, Osama Bin Laden.
Durante meses, o assunto foi pauta dos noticiários de TV, impressos, internet, rádio e revistas, cada um explicando ao seu modo, dando pontos de vistas diferentes quanto ao histórico dia 11 de setembro. Uns preocupavam-se em narrar os fatos, outros em serem solidários às vítimas, outros ainda faziam críticas à "política Bush", mas todos voltados para o mesmo foco.
Osama Bin Laden
Presidente Barack Obama
Passaram-se meses e anos de uma guerra no Oriente Médio, onde o objetivo era capturar o inimigo número um dos norte americanos, Osama Bin Laden. Na campanha presidencial dos Estados Unidos da América a segurança nacional foi o assunto mais discutido, afinal a Al Qaeda ainda ameaçava. Depois de diversos debates, foi eleito o primeiro negro da história da presidência do país, Barack Obama. Alguns chegaram a acreditar que seria o fim da busca ao terrorista e o início de uma era de paz, mas como obter paz sabendo que o país estava nos planos diabólicos do maior terrorista da humanidade? Obama decidiu manter os soldados americanos no Afeganistão na esperança de exterminar o causador de tanto sofrimento.
Foram exatamente 3520 dias, trilhões de dólares "investidos", centenas de soldados americanos mortos, até que, por ironia do destino, no dia 01 de maio de 2011, dia do trabalhador, "os Estados Unidos vivem um grande dia com a morte de Bin Laden", disse Obama. 
Osama Bin Laden foi morto durante um ataque do exército americano à uma mansão em Abbottabad, cidade militar a duas horas da capital do Paquistão, Islamabad.
Hoje, exatamente 10 anos se passaram e a morte do líder da Al Qaeda não significa paz, significa apenas um inimigo a menos. A Al Qaeda ainda sobrevive juntamente com o medo dos americanos de reviver aqueles dias pavorosos vendo um império desabar, literalmente. Não se esquecendo jamais da dor das famílias de pessoas inocentes que foram vítimas de um ataque covarde.
Demorou quase uma década para que o líder da ação pagasse, com a própria vida, o sofrimento das pessoas que perderam filhos, pais, irmãos e amigos, mas este tempo que pareceu longo demais para que a justiça fosse feita, jamais será suficiente para retirar a saudade que ficou das vítimas.



Uma homenagem do Blog CamposdoJordãoTur à todos os que perderam entes queridos durante este longo período de guerra.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelo texto.